Bem vindo à Trilha Solar! Um conjunto de 10 artigos para explicar ao consumidor os passos necessários para começar a gerar energia em sua residência ou empresa. Neste vídeo e artigo mostraremos como funciona a energia solar fotovoltaica e como ela é produzida. Também mostraremos como esta pode ser conectada à rede da sua residência, comércio ou indústria.
A energia solar fotovoltaica, como o próprio nome explica, funciona a partir da energia proveniente da radiação do sol. Essa energia pode ser aproveitada e transformada em energia elétrica devido às novas tecnologias já disponíveis no mercado.
Para se ter uma ideia do potencial dessa fonte, se conseguíssemos aproveitar toda a energia que o sol nos fornece, iríamos ter cerca de 1800 vezes mais energia do consumimos atualmente no mundo.

O módulo fotovoltaico é capaz de captar a energia enviada pelo sol e convertê-la em energia elétrica. Isso é feito por meio das células de silício que estão ligadas entre si em um módulo fotovoltaico.
É importante frisar que a energia solar fotovoltaica é diferente da energia solar térmica, utilizada normalmente para aquecimento. A energia solar fotovoltaica consiste na conversão de irradiação solar (luz) diretamente em energia elétrica (eletricidade).
A eletricidade gerada pode ser utilizada em qualquer equipamento ou sistema elétrico, seja residencial, comercial ou indústrial.
Em áreas urbanas, geralmente o local de instalação recomendável é no telhado da construção para aproveitamento de área e também devido a probabilidade de árvores ou outra construção fazer sombra sobre os módulos ser muito menor. Em usinas de grande porte e em áreas rurais normalmente os sistemas são instalados no chão (ground-mounted).


Após a conversão da energia solar em energia elétrica, esta passa pelo inversor, o qual é responsável por transformar a energia gerada de corrente contínua para corrente alternada, que é utilizada pelos equipamentos elétricos presentes nas residências, comércio ou indústria.
A energia transformada pelo inversor é injetada em um ponto de conexão, normalmente em um quadro de distribuição, e deste ponto ela vai para os equipamentos.

Sistemas conectados à rede Vs. Sistemas Isolados
Os sistemas isolados (off-grid) não são conectados à rede, portanto não há conexão entre o sistema e a rede elétrica pública.
Neste tipo de sistema são necessárias baterias para suprir a falta de geração de energia no caso de dias com pouco sol, chuvosos ou nublados, não deixando ocorrer a falta de energia.
As aplicações mais utilizadas são em luminárias públicas, radares elétricos, torres de telecomunicação ou em lugares isolados sem acesso a rede elétrica, viabilizando a instalação de um sistema isolado.

Os sistemas conectados à rede (on-grid ou grid tie), como o próprio nome explica, trabalham paralelamente a rede elétrica. Ou seja, o consumidor permanece conectado e continua utilizando a estrutura da rede..
Uma grande vantagem dos sistemas conectados à rede é a não necessidade de baterias, sendo muito mais econômicos e eficientes. Nesse sistema toda energia gerada é utilizada instantaneamente pelo consumidor (residência, comércio, indústria) ou pela rede quando há excedente de energia.
Com a energia gerada excedente são gerados “créditos de energia”, que são utilizados nos períodos em que a demanda de energia do consumidor é superior ao que o sistema está gerando no momento.

Desta forma é possível gerar até 100% do seu próprio consumo e reduzir a fatura de energia até seu valor mínimo.
Para aderir ao sistema de créditos e compensação o consumidor deve solicitar o acesso a rede elétrica da concessionária de energia através de um projeto elaborado por uma empresa habilitada.
As concessionárias de distribuição de energia possuem regras. Essas são baseadas na resolução da ANEEL Nº 482 do ano de 2012 e no módulo 3 do PRODIST.
Você pode acessar esses documentos na íntegra nos links:
PRODIST Módulo 3 – Acesso ao sistema de distribuição
Viu como é fácil o funcionamento dos sistemas de energia solar fotovoltaicos? É muito simples economizar energia e se livrar do aumento das tarifas.
O próximo artigo irá falar sobre os créditos de energia, sua regulamentação básica e como estes são gerados e utilizados.
Vinicius Miranda e Leonardo Campos – Bravo Energia